segunda-feira, 29 de setembro de 2008

. Todas as fadas que não vi

. Sempre tive medo de me apaixonar, um grande medo de me encontrar suspirando pelos 4 cantos da casa, por isso tantas outras vezes termino antes que inicie algo aqui dentro, antes que as borboletas acordem. Sei que não é certo, não é certo sofrer antecipadamente, mas quero evitar sofrimentos futuros, como se isso fosse de alguma forma possivel. Fazer outras pessoas sofrerem para não me ver sofrer é um ato de egoismo, algo muito feio, mas resumo somente a um ato invariavel de medo, um ato inváriavel de viver. Sou medrosa, sempre fui, ainda mais quando trata-se de outra pessoa dividindo um sentimento comigo, um certo medo de gostar sozinha e no final, pra variar, sofrer sozinha. Sei que milhões de pessoas nesse mundo sofrem, não somente por amor, paixão, desejo ou algo parecido, então vou resumir a somente SOFRER, sofrer, sofrimento, palavras tão assustadoras, quando lembro da palavra sofrer, involuntáriamente lembor-me de lágrimas, como se todas as pessoas que sofressem chorasse, muitas pessoas não choram, fecham-se em sua dor e secam os olhos, um modo diferente de sofrimento, sei que existem várias maneiras de sofrimento, várias formas e vários jeitos, mas creio que a palavra sofrimento remete-se a mesma coisa, ao mesmo sentimento, ao mesmo medo...
Como eu estava falando, acho que não fui feita para dividir algo com ninguém, talvez até tenha sido feita, mas vim com um pequeno erro de fabricação e o pior que não tenho devolução, sou peça única e com defeito, que azar não?
E assim mais uma página foi virada e pra variar, sem final feliz

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