quarta-feira, 28 de março de 2012

. É ela





Neta de Pernambucanos, filha de Sergipano, Paulistana de corpo, mas de alma é do mundo. Taurina de lágrimas e teimosia. Para ela não existe meio termo, não gosta de nada morno, de meio termo, só o inteiro lhe apetece, metade de ninguém lhe interessa.
 Gosta de tomar banho de chuva e sentir os pingos cair em seu corpo, do cheiro que sobe da terra e daquele sono que lhe derruba.
 É mulher e menina no mesmo corpo, é Maria, Joana e Beatriz, é todas que puder ser. É mulher cor de canela, a menina de vestido florido, sonhadora de janela de metrô, a impaciente que reclama do transito, a maniaca por chocolate, a fulana da roda de maracatu.
 Com pimenta na nuca, a bença da tia, é de todos os orixás, abençoada por santa Clara, de personalidade forte e francês na ponta da língua.
 Gosta do jeito que as mãos se enlaçam, beijo na testa e flores sem data, é romântica assumida e acredita que o amor é brega, mas não se importa com tal fato (Salve Reginaldo Rossi!)
 Gosta de passar suas tardes de domingo jogada em uma rede, de calmaria do final de tarde de um verão quente. Respirar fundo e perceber que não precisa correr pra nada, tendo como companhia seu vinil do Milton Nascimento e um livro aleatório. Dolce far niente!
 Tão cheia  de sentimentos formados pela metade, na espera por um inteiro.