segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009


Oi, Tudo bem?
Bom, não tenho jeito para cartas, nunca fui boa com palavras, na verdade nunca fui boa para colocá-las no papel, acho que vc lembra disso, vc sempre me falava que era fácil colocar as benditas no papel era só tentar traduzi-las da minha mente, mas nunca encontrei um tradutor de pensamentos e idéias, então fiquei na mesma.
Dias atrás estava lembrando de quando você apareceu por aqui no começo do ano passado, meu apartamento estava em reforma, uma bagunça completa assim como minha vida, você me disse que iria me ajudar a arrumar ambos, pois é, vc ajudou arrumar meu apartamento, até pintou a parede da sala de laranja e me ajudou a escolher a mesinha de centro ficou uma belezura! Porém, minha vida, acho que vc jogou a poeira embaixo do tapete.
Lembro do seu ultimo dia, fomos ao Ibirapuera, até hj eu não sei da onde vc arrumou aquela toalha xadrez para fazermos nosso pique-nique de cima da hora, e de como de madrugada eu acordava com vc tocando violão na sala com metade da parede laranja e com sofás com panos brancos. Foram 15 dias maravilhosos, mas vc foi embora e deixou tanta falta que vc não imagina, a parede continua laranja, mas a saudade não. Espero que volte em breve, a casa SEMPRE estará aberta para você.
Espero que responda essa carta, espero que me conte como está sua vida, se terminou sua peça, se ainda lembras de mim.

Termino essa carta com cheiro de Jasmin no ar, lembro-me que adorava esse cheiro e com uma panela de brigadeiro do meu lado, sei que vc prefere beijinho.


Da sua
Cecilia

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