segunda-feira, 7 de junho de 2010

. Luiza


. Luiza era desapegada, desimpaciente, realista, pé no chão.
Não se apegava a nada, não se apegava a ninguém.
Tinha plena certeza de que nada durava para sempre e seus relacionamentos não duravam mais que uma noite.
Sem rastros, sem esperanças, sem cobranças, sem ligações no dia seguinte.
De apego tinha somente seus vinis de Chico que ficavam num canto da sala, seus livros de Marcelo Rubens Paiva e a gelada na geladeira.
Era assim, sem amarras, fazia o que lhe viesse a cabeça
Dona dela mesma, dona do que sentia, dona do que fazia.
Completa
Independente
Gostava de chegar em seu apartamento, se jogar em seu sofá, do seu silêncio...
De paixão tinha somente seu gato, que enlaçava-se entre suas pernas quando chegava até levar um cafuné e ir se deitar novamente. Luiza sorria.
Não era medo, ela só achava a vida mais leve sem lágrimas, sem ciúmes, sem alguém qurendo a prender por ser aquilo que ela é. Ela não foi feita para ser presa e ainda não conheci ninguém que conseguisse fazê-lo

Um comentário:

Flor Baez disse...

Eu pensei em Helena e não em Luiza!!!! rs
Na mesma hora me veio Helena. Ou pode ser Paola, Olívia, e quem sabe>: Luiza.

Bjs