sexta-feira, 24 de setembro de 2010

. Bonita


Bonita, sim, esse era seu nome.
Filha de pai desconhecido, sua mãe lhe dera esse nome pois quando nascera era um dos bebês mais bonitos do hospital.
Bonita fazia jus ao seu nome, pele morena e olhos folha, falsa magra, carioca da gema, sorridente, tinha cheiro de maça, de coração ocupado por um tal Paulistano que sem pedir licença entrou em seu mundo, revirou sua vida e agora ela já não sabe o que fazer com tanta saudade.
Bonita era do tipo de moça sem frescura, não se importava em sentar no chão ou andar descalça, Bonita era de ficar vermelha por raiva ou por timidez, era de chorar quando queria chorar, era de acreditar que realmente Deus estava inspirado ao fazer o Rio com todas aquelas cores que só o Rio consegue ter. Bonita não imaginava-se em São Paulo, era carioca da cabeça aos pés, de alma e coração, era um amor de pele e de dentro. Era Amor! Dividia todo esse amor pelo o Rio por tal Paulistano. Bonita, e agora morena? Com os dois é difícil ficar! Na escadaria do Selaron ela podia pousar seu coração e nos arcos da Lapa sua saudade.

Um comentário:

Annah disse...

I wish I understood portuguese better :( I want to learn!