. Nós

E acordar sorrindo, de orelha a orelha

De coração aberto, de mãos dadas

De cafuné pronto e sono de final de domingo

Bom era você rindo do meu jeito destrambelhado

Do meu sotaque forte e de minhas gírias doidas

Era fechar os olhos e me aninhar em seu colo

E pensar em felicidade, assim, bem calmamente.

Como em uma tarde de verão. Em um sussurro ao pé do ouvido.

F-E-L-I-C-I-D-A-D-E.

Entre carros, cinza e correria

e te olhar contra o sol, com pontinhos brilhantes refletidos

e esperar que o relógio travasse, que o tempo parasse e que o eterno fosse aquela vontade de ser um.

Bom mesmo era aquele frio na barriga e as borboletas acordadas só por você.

Era sentir seu cheiro toda vez que me enroscava em seus braços e por alí sentir vontade de ficar para sempre.

Bom mesmo era você aqui, com todo seu jeito resmungão ao dizer que Vinicius não lhe cabia entre alguns goles de café.

Não precisar dizer Adeus, não sentir aquele vazio e mesmo com você limpando cada lágrima que caia, bom mesmo era não chorar por não ficar.

Só volta, volta e tira com aquele seu jeito toda essa dor que insiste em ficar
e traga tudo aquilo que seria nós.
Saudade rápida, coração quente e abraços apertados