sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Nina!



. Nina Nina Nina.
Nina havia se arrependido novamente.
Vivia de paixões imaginárias que passaram em não mais que um mês, as vezes até menos, por outras vezes, davam até certo mas o tempo era menor que um mês pra ela enjoar. Gostava de uns tipos estranhos, complicados, cheios de problemas a resolver. Sorria bobamente pelas ruas, imaginava cenas, treinava dialogos a frente do espelho, claro que nem metade do ensaio todo dava certo. Na hora tremia, gaguejava. Nina era timida, odiava a sua timidez excessiva, irritava-se consigo mesma numa revolta cheia de xingamentos internos que muitas vezes evoluia pra arrependimentos e um sentimento estranho de "nada deu certo".
Apesar de seus 20 e poucos anos, Nina era uma moleca, tão diferente das moças de sua idade. Nina odiava salto, achava desnecessário e desconfortável, era um sofrimento quando pensava em salto. Progressiva? Escova inteligente? Seus cabelos curtos, levemente cacheado nas pontas era o que lhe era necessário, gostava deles assim, do jeito que era.
Talvez se ela parasse de se preocupar, talvez se ela parasse de procurar defeitos e parasse de olhar os pés alheios. Ela só não queria frieira no pé e perfeição.
ê Dona Nina, e da sua vida? quem vai cuidar?

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