sexta-feira, 28 de outubro de 2011

. De todo o dia

Vem, me traga aquelas gérberas lindas. Traga o meu sorriso, traga aquele arrepio e aquele cheiro no cangote.
Vem!
Não esqueças da mala cheia de histórias, de xamego e aquele seu cheiro que ficou em mim.
Traga seus dedos entre meu cabelo, traga aquele colo bom e aquela preguiça de rede.
Suas mil promessas, suas-minhas.
Me faça esquecer dessa saudade, desse vazio que deixou.
Dessa vontade.
Traga minhas horas de sonho, traga arrepio na nuca e aquele sorriso faceiro.
E as risadas de faltar ar, seu abraço, as amoras doces, as borboletas no estômago e a nossa festa.
Suas mãos nas minhas.
Tira esse vazio da minha cama, da minha casa, de mim e de você
Essa falta, esse eco.
Esse nada.
Traga Chico, Caetano, Nara e Gil Traga MPB, Vinicius e Bossa
O nosso par e plural
O seu ceticismo, a minha euforia, o nosso carnaval
A bagunça e as roupas pela casa
Escute tudo isso e viva com a calma de uma tarde de verão.
Com a calma de um ancião e a intensidade de um adolescente
Vem, faça com que as coisas boas aconteçam
Façamos a guerra, mas logo depois me traga a paz
E aquela certeza guardada de que é amor de todo dia
Traga você em mim

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